Tendências para relacionamento? Temos! - Mina
 
Seus Relacionamentos / Reportagem

Tendências para relacionamento? Temos!

Na busca por resultados diferentes na vida amorosa, que tal experimentar novas formas de paquera? Aqui alguns dados que prometem colorir suas ideias

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Assim como na moda e na beleza, também temos tendências comportamentais – e o mundo dos relacionamentos não poderia ficar de fora. Considerando que o universo amoroso tradicional anda gerando mais frustração do que qualquer coisa, se abrir para esses novos caminhos pode ser um jeito de tirar o coração da lama. Afinal, como diz Einstein: insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.

Hora de trocar a vontade de impressionar pela coragem de se conectar 

Acabamos de passar pelo primeiro ano menos apocalíptico desde o início da pandemia e a nostalgia de uma vida vivida fora das telas dá o tom para novos comportamentos no romance. Nesse movimento, encontros que permitam conexões mais reais e vulneráveis ganham espaço. Em tempos de Be Real (aplicativo de fotos que só permite capturas em tempo real e sem edição), a onda é se apresentar sem filtros e sem aditivos. Hora de trocar a vontade de impressionar fazendo o máxim pela coragem de se conectar fazendo o possível.

A seguir, o que especialistas brasileiros e gringos apontam 6 novos caminhos para nossos amores possíveis.

1. Date divã substitui o date show de calouros

Vulnerabilidade é a pauta afrodisíaca da vez. Para quem ama Brene Brown, como eu, essa tendência pode não soar tão nova. Mas, segundo estudos estadunidenses, a tríade desejo da vez é terapia em dia, rotina de autocuidado e maturidade emocional. A pesquisa Singles in America 2022, do site de relacionamentos Match, aponta que  87% dos solteiros consideram muito importante o fato do parceiro priorizar a saúde mental. Já no site OKCupid, quase 1,6 milhão de usuários disseram que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física e estão procurando um parceiro que pense o mesmo.  A moda agora é conectar e não mais impressionar. Deixe de lado seus grandes feitos e divida suas pequenas nóias.

2. Economia na grana, investimento na conexão

Durante muito tempo, os dígitos da conta do restaurante pareciam ser proporcionais ao interesse do cara que te convidou para jantar. Mas a verdade é que estamos todos com as contas e corações quebrados, mas cheio de amor pra dar. A solução? Optar por dates econômicos, criativos e charmosos. Segundo o aplicativo Bumble, 57% dos usuários afirmam que preferem encontros mais discretos e menos dispendiosos do que grandes programas caríssimos. 28% ainda diz que têm colocado no papel o dinheiro gasto com saídas para paquerar e que têm buscado controlar cada vez mais esse orçamento. Em 2023, esqueça as grandes contas. Convites para piquenique no parque, cafés e cerveja de boteco não são mais falta de atenção e, sim, reflexo de consciência: economizamos na grana para poder gastar no papo e na conexão. 

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3. Esqueça a cervejinha

Esqueça o papo do “vamos marcar de tomar alguma coisa?”. Para 2023, a onda são os encontros sem álcool – que até flerta com a valorização de uma vida mais saudável, mas, mais do que tudo, aponta para a busca de conexões sem o filtro do álcool. Especialistas apontam que abrir mão do álcool pode ser um caminho interessante para aprofundar os vínculos mesmo em encontros casuais. Ao sair do contexto bar, é possível optar por dates marcados em atividades compartilhadas, como andar de bicicleta, ir ao cinema, jogar beach tennis… Isso faz com que a conexão se dê também de forma física e permite que as duas pessoas se conheçam no “fazer algo” e não no “falar algo”. A exemplo disso, o Tinder revela que o uso de emojis de taças de vinho e caneca de cerveja diminuíram na descrição dos perfis e trocas de mensagens. Se você ainda é dessas que precisava de uma tacinha pra relaxar… Talvez um combo aula de yoga e papo num brunch com suco verde possa te gerar melhores conexões (e menos ressaca).

Conectar-se com gente que tem interesses em comum favorece vínculos que vão além do “mora onde, trabalha com que”

4. Match Intelectual

Em 2022, falou-se muito sobre os sapiossexuais – pessoas que se sentem atraídas pela inteligência do outro. Esse elã todo se transformou no crescimento de novos contextos que mesclam paquera com referências culturais, como clubes do livro, grupos de visitas guiadas à galerias, jantares fechados com artistas e retiros literários. Nos EUA e Europa, já começam a aparecer eventos específicos, como o criado pela galeria 180 Strand, em Londres: uma visita a uma exibição de arte entremeada por drink e mesas com cards de puxa conversa para que os participantes pudessem se conhecer. Conectar-se com pessoas que têm interesses em comum favorece vínculos e papos que vão além do “mora onde, trabalha com que”. Na pior das hipóteses, você sai do date com mais repertório cultural – e ainda pode usar as referências para as conversas de paqueras futuras.


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5. Divórcio do trabalho (pra casar com o amor)

Após anos de priorização do desenvolvimento profissional, a geração Z vem para nos convidar a voltar a buscar o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, mesmo que isso signifique uma rotina com menos grana. Segundo a pesquisadora americana Mairead Molloy, os jovens parecem menos atraídos por pessoas excessivamente ambiciosas (algo cool nos anos 90): 33% das pessoas entrevistadas diz que não estão dispostas a namorar alguém que tenha um trabalho muito exigente e que esteja “casado com o trabalho”. Aos poucos, a tal glamourização do burnout parece ficar demodée (nossa saúde mental agradece). Esse comportamento reflete a valorização do afeto no hoje em detrimento a encontros rarefeitos em nome de uma viagem caríssima para a Europa.

Conversas iniciadas por mulheres tendem a durar mais que as iniciadas por homens

6. Adeus Passivonas

Esperar o cara te chamar para sair ou puxar papinho no inbox do Instagram é algo muito 2022. Para 2023, a moda são mulheres com mais atitude e menos culpa. Segundo uma pesquisa do OK Cupid, 8 em cada 10 mulheres mandaram a primeira mensagem no último match. E, mesmo que as histórias não tenham seguido, o saldo é positivo: mulheres que tomam mais atitude têm quase 60% mais de correspondência nos papos versus as que só esperam o cara tomar a iniciativa. Além disso, a pesquisa revela que conversas iniciadas por mulheres tendem a durar mais que as iniciadas por homens. Esse movimento nos ajuda a sair da tal prateleira do amor, como conceitua Valeska Zanello, e experimenta as narrativas românticas em outros papéis. Com isso nos sentimos mais protagonistas, potentes e levamos menos para o pessoal quando as coisas não rolam.

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