Como liberar endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina - Mina
 
Seu Corpo / Reportagem

Por mais “hormônios da felicidade” na sua vida

Endorfina, ocitocina, serotonina e dopamina. Manter esse quarteto em equilíbrio é o segredo para uma vida melhor

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Sabe aquela sensação gostosa que bate depois de uma boa dança? Ou aquele calorzinho que toma conta do peito num encontro com amigas que você não via há muito tempo? É tudo reação química do nosso cérebro! Isso mesmo: bem-estar, alegria e relaxamento são reflexos da liberação dos chamados “hormônios da felicidade“. 

O quarteto fantástico é composto pela endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina. “Quando temos um equilíbrio na produção deles, ativações acontecem em áreas cerebrais e nos trazem bem-estar”, explica a neurologista Sara Casagrande, especialista em Cefaleias pela Unifesp. “Isso é importante para melhorar a imunidade e para evitar algumas doenças, como a depressão, que é o mal do século”. 

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Apesar do apelido, eles são, na verdade, neurotransmissores, e atuam no sistema nervoso. Já os hormônios (termo mais popular) fazem parte do sistema endócrino. O ponto em comum entre eles é que se tratam de mensageiros químicos. 

Mesmo que o trabalho seja em equipe, cada um desses neurotransmissores têm as suas particularidades, agindo de maneira diferente no corpo. A seguir, a gente mostra quais os caminhos para garantir a liberação deles e, consequentemente, se sentir melhor.

Endorfina: “Estou endorfinada”

Do quarteto da felicidade, podemos dizer que a endorfina tá na boca do povo. Após uma atividade física, é comum dizer coisas como “chapadinha de endorfina” ou “estou endorfinada.” 

Frequentemente associada a sensação de felicidade e bem-estar, ela aumenta a autoestima e cria uma barreira contra a irritação e o estresse. É também considerada um analgésico natural, pois alivia dores físicas e a tensão muscular, sendo importante no combate à ansiedade e depressão. 

O que estimula a liberação de endorfina? 

  • Cantar
  • Ouvir música
  • Comer chocolate
  • Comer alimentos picantes
  • Estar entre amigos
  • Fazer sexo
  • Fazer musculação
  • Praticar exercícios aeróbicos 
  • Assistir a filmes tristes (curiosamente!)

Serotonina: Felicidade tá em dia 

Pulinhos de alegria e rir à beça são sinais de que seu cérebro está liberando serotonina. Ela é responsável por regular o humor, o sono, o apetite, a ansiedade, a sensibilidade e, até mesmo, a libido. Não é à toa que a neurologista a considera o nosso mais importante neurotransmissor. “Um dos principais sinais de que o paciente está com depressão é a baixa a serotonina”, alerta.

O que estimula a liberação de serotonina?

Dopamina: Rainha da motivação 

Sabe aquela segunda-feira em que você acorda sem enrolar na cama, cheia de disposição? Pois a responsável por isso é a dopamina. “É o neurotransmissor que nos dá vontade de agir”, explica Sara. Isso porque ele cria a sensação de recompensa, é a mediadora do prazer e da satisfação.

O que estimula a liberação de  dopamina?

  • Meditar
  • Tomar sol
  • Fazer sexo
  • Ler um livro
  • Cumprir metas
  • Ouvir música
  • Praticar yoga
  • Comer proteína
  • Comer algo que você preparou
  • Comer um hambúrguer depois de passar a semana de dieta

Ocitocina: O hormônio do amor 

Aquele frio na barriga quando estamos apaixonados é sinal de que a ocitocina está a todo vapor. Ela é a responsável por sentirmos prazer no contato íntimo, já que  regula as interações sociais, a expressão das emoções e a libido. 

O que estimula a liberação de dopamina?

  • Cantar
  • Abraçar
  • Amamentar
  • Contato físico
  • Fazer sexo
  • Ser honesto
  • Ser generoso
  • Fazer atividades em grupo
  • Conviver com um animal de estimação
  • Comer a comida da sua mãe

O quarteto quebrou e agora?

Quando estamos desanimados, mal-humorados constantemente, sem libido ou sem sentir prazer em atividades que antes eram deliciosas, pode ser um alerta de que os hormônios da felicidade não estão equilibrados. E aí o que fazer? 

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A neurologista orienta marcar uma consulta médica para fazer um check up geral para avaliar se não é alguma questão com a tireóide ou com os hormônios sexuais. Também é interessante procurar acompanhamento psicológico para entender se tem alguma questão de saúde mental e tratar.

“De uma forma geral, manter uma rotina saudável e saber o que te traz bem-estar é uma forma de manter esses neurotransmissores em dia”, lembra a neurologista. “Você gosta mais da praia ou do campo? Quem te deixa feliz quando está por perto? Se fazer esse tipo de pergunta pode ajudar”. 

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