Angélica 50 anos: Carolina Dieckmann homenageia a amiga - Mina
 
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Carolina Dieckmann: “Cada metamorfose faz da Angélica uma borboleta mais bonita”

Vinte e sete anos de amizade ligam Carolina Dieckmann e Angélica. No dia em que a amiga completa cinquenta anos, Carol faz uma homenagem e conta como se conheceram.

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Eu tava nascendo, literalmente, e ela já tava sendo eleita a menina mais bonita do Brasil. Depois disso, um hiato de uns 10 anos… porque eu precisei de tempo pra crescer e trocar algumas brincadeiras por minutos sentados à frente da TV. 

Aí eu lembro do balão mágico. Da Xuxa. De ver desenhos. E logo veio ela, cantando “vou de táxi”. Essa (pequena) diferença de idade sempre me deu a possibilidade de estar um pouco atrás e, como quem segue uma irmã mais velha – que nunca tive –, eu tinha ela como uma inspiração.

Um cabelo vasto e loiro, a cara de anjo, o nome de anjo, a roupa meio gata-meio sexy e uma pinta na coxa que ninguém tinha igual. Angélica logo virou hit, na minha vitrola e no meu coração.

E aqui temos um novo hiato, de uns 5 anos, por aí… Porque eu precisei de tempo pra virar atriz, me dedicar, e sair da frente da TV pra entrar dentro dela. Assim como a Angélica, só que diferente.

Em 16 de setembro de 1996, no dia dos meus dezoito, ela estreou na Globo (eu sempre achei muito fofa essa coincidência). E, por causa disso, com ela ali, no estúdio ao lado, a gente se conheceu.

A gente foi virando aquele tipo de amiga/família que convive, que troca tudo

Quero dizer: eu fui conhecer a menina mais bonita, que tinha vendido um bilhão de discos, já tinha feito um milhão de programas de TV e estava entrando numa nova fase da carreira e da vida. Algumas idas às gravações dela e ficamos amigas.

E, assim, um pouco mais perto, passei a ir nos aniversários dela, encontrar em festa. E comecei também a fingir costume, mas seguia hipnotizada com aquela garota, mais gata, mais maneira, mais animada. Com cara e jeito de ser e estar na minha vida pra sempre.

O início dela com o Lu esbarra no meu com o Tiago. Fora que eles ainda trabalhavam juntos na época. Depois, o meu José e o Benício dela nasceram com menos de 3 meses de diferença. E foram pra mesma escola… E pra mesma turma!

E ficaram melhores amigos numa virada emocionante da vida: era como se os dois entendessem de imediato que o negócio ali era forte, com bênção ancestral, e que vinha com esse prêmio de ter os pais se amando também. Perdi a conta das apresentações de fim de ano, de dia das mães, de pais, os aniversários, as mil e uma festas, nossas e deles. E a gente foi virando aquele tipo de amiga/família que convive, que troca tudo, que se dá presente, que se faz presente, e que faz questão uma da outra. 

Perdi a conta das viagens. Pra esquiar, pra passar o carnaval, pra comemorar os 40 dela, pra virar o ano juntas. E ainda uma em que, no meio de uma tempestade, o avião teve que arremeter e a gente se olhou com muito medo. E isso foi como um pacto, porque sobreviver junto é tipo furar o dedinho pra colar o sangue, né?

Se a nossa história me emociona, a dela me orgulha. Desde a primeira vez que pus os olhos nela, e até aqui, cada metamorfose faz da Angélica uma borboleta mais bonita. Cada fase, cada novo projeto, cada desafio. Tudo que ela se propõe, ela põe a alma, põe sentido e faz sentindo. E arrisco dizer que sua trajetória é tão acompanhada por tantos, justo pela força da luz que ela emana. 

Angélica, que hoje faz 50, é um mulherão daqueles

E ela segue assim, construindo memórias que abrem caminhos, mudam pessoas, melhoram a vida. O carisma, a beleza, a competência, a voz, o que ela ensina, o que ela aprende compartilhando, tudo parece fazer parte de um plano mágico, não porque foi pensado, mas porque é intensamente vivido. 

Angélica, que hoje faz 50, é um mulherão daqueles. Ainda mais linda, mais forte, mais feliz, vai seguir espalhando sua luz e sabedoria pros sortudos que estiverem de olho. 

Vai continuar deixando sua marca, como uma pinta que ninguém tem, única, só dela, que brilha, com nome de anjo e vida de gente, cara de gata, corpo de deusa e coração de leão. E eu amo. Aqui e além.

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