Em meados de 2021, com tantos casos e mortes por Covid-19, o Brasil já não sorria mais. O dia 4 de maio, no entanto, foi especialmente triste: um dos maiores comediantes do país nos deixou aos 42 anos, após complicações causadas pela doença e quase dois meses internado. “Depois que o Paulo morreu, nós comediantes, quando nos encontrávamos, não ríamos mais. Como morreu um dos nossos, parece que a gente perdeu a alegria”, conta Ingrid Guimarães em bate papo com Angélica.
Nesse estalo, a comediante sugeriu que o grupo de amigas comediantes voltasse a rir com as próprias histórias do amigo querido. “Temos que continuar fazendo as pessoas rirem, isso é uma missão. Ele deixou essa missão pra gente.”
“Ele tinha um pacto com a alegria e fazia piada todos os dias.”
Comentando os diversos motivos para chorar que os brasileiros vivenciam no dia a dia, Ingrid afirma que a alegria é uma opção e relembra o que Paulo Gustavo deixou como legado. “Ele tinha um pacto com a alegria e fazia piada todos os dias.”
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Entre as memórias, surgiu uma brincadeira que o humorista fazia de ligar e mandar vídeos para os amigos com intuito de arrancar boas gargalhadas. Segundo Ingrid, o processo do luto foi difícil e mudou a vida de todos os comediantes que tinham um laço com Paulo. “Não foi só um amigo que morreu, foi um símbolo da comédia.”
Paulo, que estava envolvido em tantos projetos, é considerado um dos gênios da comédia no Brasil. Sua partida foi um baque. “A morte dele foi um símbolo da morte da alegria no país e que significou falta de vacina, de um governo negacionista. Eu passei por uma fase de muita revolta.”
Já ao fim da conversa, Angélica e Ingrid comentam do espírito de união que todos colegas e amigos sentiram após a sua morte, uma junção com muito amor envolvido.