Nilton Bonder: "Mais do que respeitar a religião do outro, precisamos apreciar" - Mina
 
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Nilton Bonder: “Mais do que respeitar a religião do outro, precisamos apreciar”

Angélica recebe o rabino e escritor para falar sobre como a espiritualidade impacta o nosso bem-estar, independentemente da sua crença.

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Toda religião tem os seus mistérios, mas uma coisa é fato: são muitos os estudos que comprovam que a espiritualidade tem efeito positivo na nossa saúde física e mental. Ou seja, quem acredita em algo, vive melhor.  Para refletir sobre isso, Angélica recebe o rabino Nilton Bonder, autor de livros como A Alma Imoral, que inspirou uma peça de teatro incrível, em cartaz há 14 anos. 

Nilton diz que é comum as pessoas acreditarem que, se estão bem fisicamente, está tudo certo. No entanto, o religioso destaca que é fundamental darmos atenção também ao nosso emocional e à nossa espiritualidade para um bem-estar completo. “O corpo tem a dor e o prazer, que são linguagens objetivas, as emoções são sentidas, então é mais difícil entender qual parte nossa que precisa ser cuidada que pertence à esfera espiritual”, destaca.   

 “Quando você tem uma potência e não faz uso dela, tem um custo no seu bem-estar”

Um dos nomes mais respeitados da comunidade judaica no Brasil, Nilton defende que as diferentes crenças não só devem viver em harmonia, como podem dialogar. Afinal, todas são caminhos para cuidar da mesma área da vida. Para ele, não é sobre tolerar a religião do outro, mas apreciar. “Quando você vivencia uma tradição profundamente, quando você vê o outro vivenciando a própria tradição, você acha aquilo uma sofisticação”, diz.

Além da espiritualidade, o rabino também já escreveu sobre sexualidade e fala sobre como ela é importante para o nosso bem-estar. “Tudo que é reprimido, é acentuado. Parece que você está controlando, mas você não para de pensar naquilo.” Ele explica que a sexualidade não é só libido, mas também intimidade, além da dimensão  intelectual. “É a identidade, razão pela qual vemos crescer uma multiplicidade de gêneros”, defende. Dar atenção a todas essas facetas que, no fim, se unem para formar quem somos faz toda a diferença. “Quando você tem uma potência e não faz uso dela, tem um custo no seu bem-estar”. 

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