Marina Lima: "Posei pra Playboy por recomendação médica" - Mina
 
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Marina Lima: “Você tem que colocar limites para poder dar realmente o seu melhor”

Ícone da música pop há décadas, a cantora conversa com Angélica sobre a depressão que sofreu e conta como tem conseguido manter o seu bem-estar elevado atualmente

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O papo de hoje é sobre estar bem na própria pele. Uma pele que envelhece, que brilha, que traz as marcas e as experiências de tudo que passou. Uma pele que vibra, que sofre e, especialmente nesse caso, que encanta. A cantora e compositora Marina Lima, musa de várias gerações, é a convidada da Angélica esta semana. Desde dos anos 80, ela gravou mais de 175 músicas, que se tornaram parte da trilha sonora da nossa vida. 

Desde os anos 1980, foram mais de 175 músicas gravadas na sua voz, com hinos como Fulgás, À Francesa e Veneno, e o EP mais recente Motim, lançado no ano passado, junto com songbook Marina Lima: Música e Letra, contendo as partituras e composições de todas as faixas dos seus 21 álbuns. “Eu sou feliz com a minha trajetória”, celebra.

“Viver no presente é a chave”

No entanto, Marina confessa que essa recapitulação da sua história foi, na verdade, uma forma de agradecer o carinho do público, que segue mantendo mesmo as suas canções mais antigas relevantes até hoje. Ela mesma não curte tanto ficar voltando ao passado. “Viver no presente é a chave. Se você for convicto, vai viver bem em toda idade”, declara a cantora. “Por ter sido uma formiguinha, eu confio no que fiz. Agora quero desfrutar e desbravar o que tenho agora pela frente.” Aos 66 anos, ela diz que se sente no auge da sua autonomia, podendo plantar coisas novas, ao mesmo tempo em que está colhendo tudo o que plantou. 

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A carioca, que se tornou um sexy simbol nos primeiros anos da carreira, conta o porquê de ter posado nua somente após os 40 anos. “Foi uma prescrição médica”, brinca. Naquela época, Marina passava por uma depressão e precisou cancelar vários shows. Então seu médico a incentivou a aceitar os convites da Playboy, que há anos insistia em um ensaio. Ela revela também que um grande gatilho para essa depressão foi ter deixado de falar não para muitas das propostas que vinham no auge da sua carreira, mas hoje ela sabe se posicionar melhor. “Você tem que colocar limites para poder dar realmente o seu melhor e não ficar desconfortável ao ponto de ficar angustiada”, reflete.

Atualmente, a Cabala é seu grande suporte para manter a saúde mental em dia. “Iluminou todo o quadro. Não só a minha vida. Entendi melhor como lidar com o outro”, compartilha. Além disso, ela se exercita e busca se alimentar bem para cuidar do corpo e da mente. Marina acredita que é importante estar bem não só para você, mas também para os outros como forma de estimular a todos a dar o melhor de si nos encontros.

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