Maitê Proença: "Quero viver o máximo possível de experiências" - Mina
 
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Maitê Proença: “Quero viver até depois dos 100. Ainda tenho muitas coisas para experimentar”

Aos 64 anos, a atriz conta para Angélica como se jogar em novas vivências é importante para ter mais liberdade e autoconhecimento.

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Ser livre tem a ver com seguir em frente, mesmo quando as coisas saem do controle. É lidar de perto com a dor, sem ficar aprisionado pelos nossos fantasmas. Maitê Proença sabe muito bem o que é isso. Com mais de 40 anos de carreira, durante a pandemia, Maitê Proença roteirizou e interpretou o monólogo autobiográfico O pior de mim, em que faz um  passeio pela própria vida e agora conversa com Angélica sobre seus aprendizados.

Após anos emprestando seu corpo para personagens femininas super interessantes na TV, no cinema e no Teatro, Maitê tem usado as redes sociais para compartilhar biografias de grandes mulheres da vida real no projeto denominado “Mulher de Fibra”. A iniciativa surgiu quando a atriz percebeu que muitas pessoas adeptas do feminismo não sabem direito quem veio antes dela e fez história. “Achei que seria legal trazer as precursoras, a primeira enfermeira, a primeira aviadora, a primeira eleitora, as grandes artistas que quebraram tabus em um ambiente exclusivamente masculino”, diz.

“Tomar ayahuasca foi um divisor de águas na minha vida”

Maitê se define como uma buscadora, sempre em busca de novas experiências. Uma das mais marcantes foi tomar ayahuasca. “Fui sem ego, sem pensamento e fiz essa jornada de autoconhecimento. Todas as vezes era uma nova conquista para navegar por dentro de mim, foi um divisor de águas na minha vida, eu era uma pessoa e virei outra”, conta. 


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Angélica destaca que essas terapias têm transformado a vida de muita gente, com uso do que Maitê chama de “drogas do saber”, como o LSD e os cogumelos. “A análise não faz isso, porque é racional, e a gente tá falando de um todo, tem coisa impressa em você que você nem sabe. Quando envolve o corpo junto, tudo muda”, avalia a atriz, que defende a liberação das drogas para fins terapêuticos. “As pessoas têm medo de ir de encontro a elas mesmas, você não vai encontrar nenhum monstro, é você mesmo”, diz.

“Se apaixonar é se estrumbicar, e é bom que seja assim, porque não tem nada pior que viver uma vida morna”

Recentemente, Maitê virou notícia por namorar uma mulher. Ela comenta: “Todo esse auê com a questão de ser uma pessoa do mesmo sexo, na minha cabeça não faz sentido. Eu gosto daquela pessoa e pronto. O gênero não é algo prioritário.” Amor para ela é coisa séria. Tanto que já chegou a “arrastar correntes” em nome da paixão por não lidar bem com um término. “Não tenho nenhuma dica. Você vai se estrumbicar e é bom que seja assim, porque não tem nada pior que viver uma vida morna.”

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