Inbox: Reconhecimento é pó mágico da autoestima
Receber um elogio por um trabalho bem feito dá estímulo para a pessoa continuar. Angélica recebe o autor André Carvalhal e o humorista Fábio Porchat para entender a importância do reconhecimento
O reconhecimento é aquele pozinho mágico que faz brilhar mais a nossa autoestima. Às vezes, um simples elogio é tudo que queremos ouvir após um dia de dedicação a uma tarefa importante, seja ela qual for. “Trabalhar com alguém que a gente tem a clareza e a certeza do que essa pessoa acha da gente, como ela vê o nosso trabalho, faz total diferença no resultado final”, diz André Carvalhal, autor do livro Como salvar o futuro, conta para Angélica no Inbox.
O humorista e ator Fábio Porchat entra na conversa. “Uma coisa que me incomodava muito era olhar para o lado e ver gente que trabalhava menos, que eu julgava menos talentosa, que tinha atitudes escrotas, conseguindo mais reconhecimento. De alguma forma, isso dava um senso de injustiça”, diz. O aprendizado que ele tirou dessa história foi que não existe justiça, existe faz o seu. Tem gente que tem seu esforço reconhecido, mas também quem tem mais sorte, tá no lugar certo na hora certa, o importante é parar de se comparar com o outro e ir atrás do que você quer.
Para Carvalhal, ter feedback minimiza os efeitos do fenômeno da impostora. “Às vezes, a pessoa faz um bom trabalho, mas não ter a validação de um colega ou superior pode colocar em cheque a própria capacidade pessoal”, pontua. O consultor aconselha os gestores sobre como atuar nesse momento. “É importante ter empatia e estar aberto a ouvir o ponto de vista daquela pessoa. A crítica não pode vir como uma coisa acusatória e depreciativa, mas é importante que ela venha também com soluções e clareza”, diz.
No ambiente corporativo, a falta desse reconhecimento gera uma série de consequências como a falta de motivação no trabalho, baixo empenho e piora no clima organizacional da equipe. “A gente não pode esquecer que a gente não trabalha só pra gente. É também em prol daquele grupo, então a gente quer que a pessoa fale que tá legal, que tá funcionando”, avalia Porchat. Se houver um esforço maior para dar esse retorno, seja para elogiar ou pedir mudanças, fica menos angustiante para todo mundo.