Cabelo é papo sério. Quem nunca olhou pro espelho de manhã e sentiu um desânimo ao encarar os fios? É comum. Nos dias de “bad hair day“, as pessoas tendem a se sentir menos inteligentes, menos capazes de realizar suas tarefas diárias e também mais envergonhadas socialmente, aponta estudo realizado pela universidade de Yale, nos Estados Unidos. Aliás, o cabelo é o atributo físico que mais afeta a autoestima das pessoas em geral, segundo a associação International Society of Hair Restoration Surgery.
Tamanho impacto deixa claro que cuidar dos fios não se trata de uma futilidade, é questão de bem-estar. Mas como fazer isso sem entrar em noias? Para a maquiadora e apaixonada por cabelos Bruna Nogueira, é questão de trabalhar o autoconhecimento. “Entender o que funciona para seu cabelo e para a imagem que você quer transmitir demanda tempo, interesse e dedicação, mas vale a pena. Quando a gente se sente bonita e realça o que temos de melhor, a autoconfiança vem”.
A seguir, dicas de especialistas para despertar o melhor nos seus fios, fugir do “bad hair day” e dar uma força extra para a sua autoestima.
Cortar é preciso
Muita mulher só se entrega às tesouradas quando quer mudar o tipo de corte, mas o ideal é não esperar o desejo de transformação bater à sua porta para ter esse cuidado. Cortar a cabeleira com certa regularidade faz toda a diferença: diminui a quebra, melhora a textura, facilita a desembaraçar e a finalizar. O que ajuda a manter a praticidade no dia a dia e a satisfação com o cabelo. O ideal é cortar a cada 3 meses, diz a cabeleireira Marina Santos, do salão Studio Lorena, em São Paulo – isso vale, inclusive, para quem está deixando os fios crescerem, pois ajuda a fortalecer.
Cada um com seu cada qual
Cabelos com características diferentes têm necessidades diferentes e pedem produtos diferentes. Essa é uma regrinha fundamental na hora de escolher o que vai usar na hora da lavagem. Por exemplo: fios grisalhos, brancos e platinados costumam amarelar com o tempo e ser mais porosos. Por isso, o Shampoo em Barra Matizante da B.O.B é o melhor amigo deles, porque tem pigmentos naturais que neutralizam o tom do cabelo, ativos antioxidantes que combatem os radicais livres, prevenindo o amarelamento, e minerais que reduzem a porosidade e ajudam a equilibrar a hidratação. Dois minutos do seu dia que mudam tudo.
Outros tipos de cabelo demandam outros cuidados: raízes oleosas precisam de produtos antioleosidade, a cor dura mais tempo nos fios tingidos que usam shampoos específicos para eles, os crespos ficam mais felizes quando recebem ativos hidratantes já na lavagem por serem mais secos e por aí vai. Para saber o que funciona melhor para você, leia os rótulos e converse com sua cabeleireira ou dermatologista. O mesmo vale na hora de escolher seu condicionador.
Todo cuidado é pouco
Hidratação e nutrição. Anote aí mais essas duas etapas de tratamento para recuperar os fios das aventuras da vida. “Estamos expostas ao sol, água tratada, mar, vento, suor. Tudo isso afeta o cabelo”, diz Marina. Uma boa máscara uma vez por semana, ainda no banho, ajuda nessa missão.
Mas se seu cabelo é tingido, platinado ou alisado quimicamente, também é interessante incluir quinzenalmente ou uma vez ao mês uma máscara de reconstrução para repor as proteínas e a massa capilar, orienta a especialista. Para as cacheadas e onduladas, ela indica usar um finalizador que ajude na definição e no controle do frizz. Já quem tem o cabelo liso pode se beneficiar dos produtos que prometem dar uma encorpada.
Xô quebras e frizz
O frizz costuma ser um drama na vida de muitas mulheres. Se esse é seu caso, aí vai uma dicona da Marina: nada de esfregar ou torcer na toalha para secar. Esse hábito agride os fios, levanta a cutícula capilar e tira o brilho. O melhor é usar uma touca de microfibra. A toalha normal pode ser usada, desde que com uma pressão suave.
E sabe aquele coque prático que a gente faz com o próprio cabelo? Melhor evitar, porque quebra os fios. Prender o cabelo muito forte também é um problema, “porque acaba machucando o folículo e causa uma espécie de inflamação no couro cabeludo”, alerta Bruna. Conte com uma piranha para essa missão, porque o impacto é menor. Se fizer questão de elástico, melhor os revestidos de meia calça ou de tecido, tá bom?