Confesso: eu tinha receio de usar um vibrador - Mina
 
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Confesso: eu tinha receio de usar um vibrador

Quando percebi que era a única das minhas amigas que não tinha um pra chamar de seu, tomei coragem. Agora, finalmente posso gritar: mulheres, orgasmo de cinema existe!

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A primeira vez que vi um sugador de clitóris, pensei que fosse um espremedor de cravos. Uma amiga com quem divido apartamento tinha viajado e esquecido em cima da cama aquele objeto curioso de design bonito. Peguei, liguei, passei no meu rosto e, só depois de testar todas as velocidades na minha cútis, foi que percebi do que se tratava. Ops! Fiquei chocada com a minha própria ingenuidade, mas instigada com a intensidade das vibrações que descobri.

Sorte daquela que se permite experimentar brinquedos eróticos

Como quem não quer nada, passei a comentar sobre vibradores com minhas amigas e me dei conta que eu era a única que ainda não tinha um para chamar de seu. “Você precisa experimentar”, dizia uma. “É o melhor investimento que você pode fazer”, dizia outra. “Ele é meu melhor amigo!”, insistia uma terceira. Ok! Me convenceram. Deixei de lado o medo (bobo) do desconhecido e o receio de estar sendo ousada demais e encomendei pela internet meu primeiro vibrador. 

Quando o vibrador chegou, foi um misto de expectativa e receio irracional. Criei todo um clima comigo mesma, mas nem precisei de muita historinha. Em menos de cinco minutos brincando com os botões de velocidade, lá estava eu protagonizando aquelas cenas de filme em que a mulher se agarra aos lençóis de tanto prazer. Minha vontade foi de gritar ao mundo: mulheres, o orgasmo de cinema existe mesmo! E está à venda! Não é uma maravilha a tecnologia?

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Superar o medo de um simples objeto que vibra foi como romper em mim uma série de tabus sexistas que não faziam sentido. Já dizia Madonna: pobre daquele cujo prazer depende da permissão de outro. E eu completo: sorte daquela que se permite experimentar brinquedos eróticos. Nesse sentido, não é à toa que eles estão protagonizando as conversas entre amigas.

“É interessante que as pessoas saibam que o foco principal do prazer feminino é o clitóris, por isso os sugadores estão em alta”, explica a ginecologista Larissa Cassiano. Mas ela indica começar pelos bullets, que são menores e discretos, de uso mais simples e igualmente eficazes. “Eles costumam ser uma porta de entrada para quem está começando a conhecer esse mundo, pois são fáceis de se ajustar, práticos para levar na bolsa e não chamam atenção.”

O importante é experimentar e tomar para si o poder do próprio orgasmo

Outros modelos famosos são: golfinho (para penetrar e massagear o ponto G), rabbit (duplo, tem penetração e plug lateral para estimulação de clitóris), varinha (muito comum em filmes americanos, um dos mais potentes no quesito vibração) e sugador (cria pequenas ondas de pressão no clitóris). Independente do modelo escolhido, o importante é se permitir experimentar e tomar para si o poder pelo seu próprio orgasmo. Eu, como recém adepta dos vibradores, garanto que esse encaixe vai trazer bastante alegria e cumplicidade.

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