Cuidar do cabelo é um jeito de cuidar da autoestima - Mina
 
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Cabelo branco é lindo: como a noção do que é bonito muda com o tempo

As mudanças culturais têm impacto direto no que a gente valoriza esteticamente. Como as conquistas feministas nas últimas décadas, que vêm dando mais liberdade para as mulheres, inclusive, na aparência.

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A beleza é um valor forte na nossa sociedade. Admiramos o que é bonito e desejamos ser belas para que nos admirem. Mas quem define o que é admirável? Como funciona o movimento que põe ou tira coisas dessa caixinha? 

Para a consultora de moda Bia Paes de Barros, pensando de forma macro, essas mudanças, tanto em moda e beleza como em arquitetura e design, podem vir de grandes acontecimentos sociais e políticos. “Muitas vezes, eles trazem transformações no comportamento da sociedade que se refletem na moda”, diz. 

Um bom exemplo são as conquistas feministas das últimas décadas. Elas trouxeram algumas liberdades às mulheres e isso ajudou a romper com a vontade de sempre agradar, o que, por sua vez, influenciou diretamente no que é considerado bonito na atualidade.

Mas o dia a dia tem um papel fundamental nessa solidificação do que é belo. A disseminação celebratória de alguma característica é contagiosa, no bom sentido. É aquela história de: vi nas redes sociais, na amiga estilosa, no Oscar e gostei, sabe? 

A escritora Cris Pàz viveu exatamente isso quando decidiu ficar grisalha: “Fui inspirada pela Dani Zupo [jornalista com quem apresentou o podcast As Perennials], que já tinha cabelos brancos e eu achava linda. E, pelos relatos que recebo, sei que incentivei muitas mulheres também”, diz ela, que ficou 3 anos e meio grisalha, hoje está loira e vai seguir mudando sempre que sentir vontade.

Beleza em movimento

Assim como a Cris, hoje vemos muitas mulheres exibindo seus fios brancos com orgulho. Elas estão por toda a parte. São reflexo – e também ferramenta – de um movimento que vem tirando cabelo grisalho de um lugar de desleixo para ser visto como autêntico e brilhante. Sim, virou bonito.

Aqui vale diferenciar tendência de movimento. Bia explica que as tendências chegam e vão embora com mais facilidade, como ter sobrancelha afinada ou volumosa, a altura da cintura da calça ou o corte de cabelo da vez. Já os movimentos se prolongam por mais tempo e, muitas vezes, se inserem de vez na nossa cultura. É o caso da calça comprida. “A Coco Chanel foi precursora ao introduzir peças do guarda-roupas masculino no feminino. A calça trouxe liberdade para a mulher e a gente nunca mais deixou de usar”, fala Bia. Com os cabelos brancos é a mesma coisa. É movimento, não tendência. 

A quarentena em 2020 deu uma forcinha para caminhos já que vinham sendo trilhados a trancos e barrancos. “Sem dúvidas, passar esse tempo em casa, sem poder recorrer a salões, deu uma acelerada no processo”, comenta Cris. Muitas mulheres começaram a se ver com o cabelo natural e acabaram gostando. “A gente colocou uma nova cor pra jogo. Um prateado lindo e que causa fascinação”, diz.

Cuidado é tudo

O que faz algumas mulheres abandonarem o barco do cabelo branco é não saber direito como deixá-lo saudável e vistoso. Os fios sem pigmento tendem a amarelar por causa do processo de oxidação causado pela exposição solar, poluição e aparelhos térmicos. 

Por isso, faz diferença investir em produtos que cuidem da estrutura do cabelo e valorizem o prateado, como o Shampoo Matizante em Barra da B.O.B, que tem ação gradativa com pigmentos naturais que neutralizam os tons amarelados e tem alto poder antioxidante, além de proteger a hidratação e não ressecar. No mais, é sair por aí inspirando cada vez mais mulheres a embarcarem na beleza natural.

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