Silvia Ruiz fala sobre a vida com mais potência depois da menopausa - Mina
 
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Silvia Ruiz: “O estilo de vida das mulheres de 50 anos mudou, não se espantem”

Prestes a comandar o primeiro curso da Mina, a jornalista e publicitária conversa com Angélica sobre maturidade, expectativas e quebra de paradigmas

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Ser mulher é um desafio em todas as etapas, mas depois dos 45 anos a sensação é de que as restrições aumentam. Surge uma patrulha intensa sobre a forma de vestir, se relacionar, sentir prazer e por aí vai. Mas é preciso mudar essa visão sobre envelhecimento para que possamos viver melhor. Para falar sobre isso, Angélica conversa com Silvia Ruiz, que é jornalista, publicitária e comandará o primeiro curso da Mina – uma jornada para ajudar as mulheres a atravessar a fase depois dos 45 anos (mais detalhes ao fim do texto).

Criadora do movimento #Issoé50, que encorajou mulheres com essa faixa de idade a mostrar que são muito mais que aquilo que o outro espera delas, ela conta que só começou a refletir sobre envelhecimento quando chegou na menopausa. “É como se você não pensasse na viagem até chegar na estação. E eu cheguei, abri a porta e pensei ‘onde é que eu tô?'”, conta. 

“Hoje existe uma proximidade muito maior entre as gerações”

Silva confessa que, no início, se assustou com as mudanças no corpo e na mente, mas não demorou a decidir que precisava viver esse momento da melhor maneira possível. O que a incomodou de verdade foi perceber que existe sempre uma surpresa quando as mulheres acima dos 45 anos revelam a idade, como se a aparência e as capacidades fossem boas demais para a faixa etária. “Qual é o espanto?”, indaga.

A partir disso, ela reuniu imagens de mulheres como a cantora Mart’nália e a atriz Mônica Martelli e escreveu no Instagram “#Issoé50, não se espantem”.  Foi uma surpresa quando, poucas horas depois, ela viu centenas de publicações de outras pessoas usando a hashtag para se expressar. “Mulheres pulando de paraquedas, andando à cavalo, contando que começaram a nadar nessa idade”, lembra.

A jornalista entende que existe um imaginário coletivo que ainda associa o estilo de vida da mulher de 50 anos ao que era comum há décadas atrás. “Elas eram donas de casa, não trabalhavam, tinham que ter o cabelo curtinho. Como a atitude mudou, existe esse espanto”, avalia. “Hoje existe uma proximidade muito maior entre as gerações. Eu tenho uma filha que tem 30 anos, a gente usa o mesmo estilo de roupa e frequenta os mesmos lugares. A cultura e o estilo de vida não têm tanto gap quanto tinha no passado.”

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Ao mesmo tempo, Silvia espera que exista um entendimento de que as mulheres são múltiplas e que os caminhos são muitos depois dos cinquenta. Não se pode exigir uma juventude eterna ou atacar quem busca procedimentos estéticos para se sentir bem, como é comum nas manchetes da mídia. “Ficam avaliando quem amadureceu ‘bem’ ou ‘mal’, pelos parâmetros que eles mesmo definem”, critica. 

Para a Jornada SUPERidade, criado em parceria com a Mina, Silvia promete potência. “Às vezes, a gente tem uma baixa, por conta do preconceito da idade, do cansaço, dos hormônios… É uma idade muito desafiadora e a mulher esquece de si.” É tanta preocupação com os outros, que o cuidado com si mesma fica de lado. “O que queremos com o curso é ajudar essa mulher a redescobrir a sua força, ganhar energia, cuidar da alimentação. Nada radical, vai ser muito legal.” Saiba mais sobre a Jornada SUPERidade aqui.

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