Como quase todo adolescente, eu era fã daqueles filmes em que os jovens pegavam a estrada e iam em busca de aventura. Porém, sendo mulher, preta, com o corpo gordo e LGBTQIA+, nunca me imaginei na pele do protagonista. Via a minha mãe viajando por dentro e fora do Brasil para atuar como sacoleira, então sabia que era possível viajar a trabalho. Mas e além disso?
Ficava refletindo se seria possível para mim viajar por esse Brasilzão e conhecer as maravilhas do país, até que surgiu a oportunidade de participar de uma corrida de 10km no Rio de Janeiro. Aí pensei: viajar só para correr? Imediatamente vi a potência de um casal preto LGBT vivendo a sua primeira experiência de turismo esportivo.
Mergulhamos em uma viagem observando os corpos em movimento e como é mágico ver o esporte em um lugar de prazer. Foi a primeira vez que fizemos 10k, a primeira vez que viajamos juntas, mas tudo isso só foi possível porque decidimos juntar turismo com esporte.