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Inbox: O excesso de manuais e esgotamento materno

Angélica abre a discussão sobre o excesso de dicas, livros e manuais para criar os filhos e como isso afeta quem está ali, tentando dar seu melhor

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Dicas sobre amamentação, tempo de tela, solução de conflitos, alimentação: o que não falta no mundo é palpite sobre como criar os filhos. O problema é que as dicas conflitam umas com as outras.  A da sua mãe é o oposto do que recomenda aquele livro de maternidade que você adora. E na internet, a coisa só piora: às vezes, duas influenciadoras que a gente curte têm visões simetricamente contrárias sobre um mesmo assunto. 

No Inbox de hoje Angélica traz a empresária e mãe Ana Paula Xongani e a psicanalista e educadora parental Elisama Santos para falar sobre o esgotamento parental advindo do excesso de manuais, regras e pitacos sobre como criar os filhos. 

“O excesso de palpites faz com que os pais se desconectem deles mesmos”

Da nossa comunidade da Mina, Elaine Machado compartilhou como foi esse patrulhamento ao ter o primeiro filho. “Você está em um momento sensível, sem dormir, amamentando  e você se sente incapacitada de ser mãe e muitas vezes me senti insegura ao maternar”, diz. 

Ana Paula Xongani garante: “Uma mãe sobrecarregada e emocionalmente mal, não vai criar uma filha segura. Isso só gera culpa e atrapalha o processo”, diz. Na busca pela maternidade perfeita, há efeitos colaterais diversos como, distanciamento emocional dos filhos, distúrbios do sono e conflitos entre parceiros e familiares. Por isso, a importância de tratar cada filho como um filho e cada mãe como uma mãe, como defende Elisama.  “O excesso de palpites na educação dos filhos faz com que os pais se desconectem deles mesmos”, diz. No excesso de informação de como fazer, por que fazer, por onde fazer esquecemos do que a gente quer e precisa. “Acho que quanto mais a gente conseguir se ouvir e ouvir a criança, melhor vai ficar a forma de educar”, completa.

A gente ouve tanta coisa por aí, mas será que escuta de verdade? Com interesse e atenção? Ter uma escuta ativa faz toda a diferença para trocas afetivas sinceras.

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