Como lidar com a raiva - Mina
 
Colunistas

Inbox: A raiva como combustível de mudança

Angélica recebe a cantora Duda Beat e o psicanalista Kályton Resende para um papo sincerão sobre esse sentimento tão potente e discriminado

Por:
2 minutos |

Nos ensinaram que a raiva não é flor que se cheire, que é melhor deixá-la de lado. Quase como se fosse uma emoção proibida, especialmente se você é mulher. Mas, a verdade é que se bem canalizada, ela pode ser uma forte aliada.

Para dar voz a essa emoção, Angélica recebe Duda Beat, pernambucana declaradamente arretada que já compôs na força da raiva depois de ter seu coração partido. “Tem uma música do meu primeiro disco que se chama egoísta e eu compus com muita raiva, na força do ódio mesmo e no dia seguinte, eu quis gravar porque era importante interpretar o sentimento”, diz.

Segundo a cantora, as pessoas têm uma resistência em demonstrar raiva. Mas ela pondera: “é importante a gente sentir todos os sentimentos, e a raiva é tão importante como o amor, o ódio, paixão, porque ela acaba ensinando algo pra gente”.

Para o papo, Angélica também ouve o psicanalista, Kályton Resende. Segundo o especialista, desde cedo somos ensinados a controlar as nossas emoções para manter a harmonia das relações, mas a repressão constante da raiva pode ser um problema. “Pode ter efeitos colaterais significativos, já que a raiva não expressa pode acumular e também se manifestar de maneira mais destrutiva e autodestrutiva”, diz.

Duda, que já engoliu muitos sapos em nome de manter as relações nessa harmonia, diz que hoje em dia prefere ter uma conversa franca do que a incomodou. “A gente fica remoendo aquele sentimento e é melhor botar pra fora, e quem tiver com a gente, vai entender”. A cantora também elenca coisas que lhe causam raiva, uma delas é a injustiça social, algo que a tira do sério.

Num mundo que nos dá muitos motivo pra sentir raiva é muito melhor aprender a botar o sentimento pra trabalhar a nosso favor. Use responsabilidade.

Mais lidas

Veja também