Inbox: Chega de fingir orgasmo - Mina
 
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Inbox: Chega de fingir orgasmo

Ele precisa saber que não tá gostoso. Angélica conversa com a funkeira Mc Carol e a educadora sexual Clariana Leal para desvendar por que é tão natural fingir que chegou lá

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Já são mais de 30 anos desde a icônica cena em que a personagem da Meg Ryan finge um orgasmo na lanchonete no filme When Harry Met Sally, e esse hábito ainda não saiu de moda entre as mulheres. Mesmo na era do empoderamento feminino, muitas mulheres ainda fingem gozar para não chatear ou magoar o parceiro durante o sexo.

A funkeira MC Carol, famosa por cantar sobre a liberdade sexual das mulheres, tem até uma música sobre o assunto, a chamada Propaganda Enganosa, que conta como é gozar de mentirinha. No Inbox, ela fala para a Angélica por que já fingiu. “A gente fica constrangida pelo cara e, no fim, ele se acha. Vai pra rua, fala pros amigos”, diz. “Mas chega um ponto da sua vida que você fala, eu não preciso passar por isso”

E mesmo elas poupando eles de um possível constrangimento, as mulheres ainda são as mais prejudicadas nessa história. Por isso, é importante aprender a comunicar sobre o nosso prazer, para conseguir satisfazê-lo.

A educadora sexual Clariana Leal também mandou seu inbox. “O ego masculino é naturalmente mais inflado por conta de um reforço social e para mulheres fica um trabalho passado de geração em geração de cultivar esse ego, de deixar ele crescer. Caso a gente não faça isso, muitas mulheres dizem que a gente vai perder a proteção masculina, o homem que a gente tem”, diz. 

“O nosso prazer é nossa responsabilidade”

Clariana reforça que é importante não culpabilizar a mulher que faz isso justamente porque agradar os homens é algo ensinado de mãe para filha na estrutura social que a gente vive. Para ela, a mudança está em entender que o nosso prazer é nossa responsabilidade. “Se a gente quer sentir esse prazer, a gente precisa ir atrás dele, aprender como se faz, para poder ensinar, para poder dividir isso e ter uma vida sexual mis saudável”. 

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