Descriminalizar a maconha é urgente - Mina
 
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Descriminalizar a maconha é urgente

Dandara Pagu destaca os benefícios da verdinha para a saúde e problematiza a guerra às drogas. “É uma forma de controle da população preta”

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A maconha é utilizada há anos para fins medicinais e recreativos, mas segue cercada de mitos e preconceitos. Nossa colunista Dandara Pagu derruba alguns: “Estudos comprovam que a maconha é menos viciante que o álcool e que o tabaco. Seu uso de forma moderada serve até para a saúde”.

Outro mito é que a maconha leva violência. “Quantas pessoas você já viu batendo em alguém porque tava chapado? Em compensação, é comum isso acontecer porque a pessoa tava bêbada”, diz. Inclusive, a segunda situação é normalizada e usada como desculpa aceitável para o comportamento. 

Dandara lembra que a erva tem sido cada vez mais celebrada nos cuidados medicinais. Para reduzir convulsões e diminuir dores causadas por tratamentos oncológicos. “A quem interessa a criminalização da maconha?” Para responder a essa pergunta, é necessário voltar à história. 

“Precisamos repensar sobre a política de drogas porque a maconha pode ajudar em muitos campos”

No início do século XX, ela passou a ser criminalizada sendo ligada a uma suposta degeneração moral e também como uma forma de controle social, destaca Dandara. “Nos Estados Unidos, era muito direcionado aos mexicanos e pessoas pretas. Aqui no Brasil, é totalmente direcionado às pessoas pretas. Essa guerra às drogas é mais uma desculpa pra prender a população preta e pobre no nosso país”. 

Dandara destaca: “Precisamos repensar sobre a política de drogas no nosso país e no mundo, porque pode ajudar em muitos campos.” Por fim, nossa colunista deixa o convite para estudar mais sobre o tema e o quanto de benefícios descriminalizar a maconha pode trazer para nossa sociedade. “No mínimo, é muito lucrativo tudo o que pode ser feito com maconha, desde remédios até roupas. Abre um pouco a mente.” 

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